15 de dez. de 2012

Homem Máquina


Pétalas de rosa
Que me lembra seu ser
Espinhos de rosa
Que me cortam ao me ver

De sua autoria
Ilusão, sorrisos e lábios
De minha autoria
Engano, pensar ser sábio

Não posso te ver
Como eu queria antes
Não pode mais me ver
Feliz e resonante

Mentiras confortantes
Já não acredito mais
Mentiras que te seguem
Já não te quero mais

Da esperança
Vem o sofrimento
Da vida mal vivida
Vem o cabimento

E agora
Olho para frente
Mas agora
Meu coração não sente

Estou me afundando
Em páginas mal escritas
Está se afundando
Em percepções distorcidas

Nada é pleno
Mas deveria tentar ser
Metade não é pleno
Mas esforça-se para ser

A emoção abandona
Agora, nesse momento
A esperança abandona
Agora não mais, não tento

Doce era o seu beijo
Mas na verdade ficou amargo
Doce era apenas ilusão
Ele sempre foi realmente amargo

Não virarei máquina
Viverei, homem
Homem máquina
Até que outro alguém me tome

Eletricidade
Para meus nervos
Eletricidade
Minha única dor